Katherine Mansfield veio a falecer vítima da tuberculose que contraiu em 1917. Em seus últimos anos, levou uma existência nômade, exilada da Inglaterra no período do inverno, por causa do clima hostil. Lutou contra a doença, apesar dos momentos de desespero, e concentrou suas energias na redação de seus escritos. Testemunhos desse esforço heróico, as cartas aos amigos e o seu diário constituem outra expressão de seu gênio literário. Ali o espírito vivo sonda pensamentos e sensações, sem recuar nem mesmo diante do desconforto e sofrimento que a doença lhe trazia. Nessas páginas, ela arma as cenas com a sua própria vida e sentimentos, às vezes com a mesma ironia que transparece nas histórias. Porém, revela-se em geral mais intolerante consigo mesma do que com suas personagens, sobre as quais sempre se debruça com ternura.
Foi seu marido, John Middleton Murry, quem editou os contos inéditos e inacabados, bem como a coletânea de cartas e o diário. Apesar da fragmentação, esses escritos avulsos possuem extraordinária riqueza, e não só aqueles que desejam conhecer mais a fundo a escritora de “Miss Brill” encontram prazer em sua leitura.
Esta seleção de cartas e páginas do diário foi publicada pela Editora Noa Noa de Santa Catarina em 1988, com o título de Algumas Cartas e Trechos do Diário. Tradução de Rosaura Eichenberg com revisão de Isis Alves.
Título do original inglês do qual se fez a seleção:
The letters and journals of Katherine Mansfield
A selection
Edited by C. K. Stead
Penguin Books Penguin Modern Classics
London, 1977
SOBRE OS DESTINATÁRIOS DAS CARTAS:
A primeira das cartas é dirigida à sua irmã mais moça Jeanne. Katherine Mansfield, nome literário de Kathleen Mansfield Beauchamp Murry, nasceu numa família abastada e com projeção social em Wellington, Nova Zelândia, quando essa ilha ainda era uma colônia britânica. Seus pais, Harold Beauchamp e Annie Burnell Dyer, nascidos na Austrália, eram de estirpe inglesa e consideravam a Inglaterra seu lar. O casal teve seis filhos: Vera, Charlotte, Kathleen, Gwendoline (que morreu com três meses), Jeanne e Leslie, o único filho. Kathleen e suas irmãs nasceram em Tinakori Road, n. 11, em Thorndon, Wellington. Mais tarde, em 1893, a família mudou-se para Karori, um subúrbio de Wellington, e no período em que ali viveram nasceu Leslie Heron Beauchamp, em 1894. Já em 1898, estavam todos de volta a Tinakori Road, n.75, em Thorndon, Wellington. Katherine era muito ligada ao irmão caçula, e a morte de Leslie na guerra em 1915 foi um golpe severo na sua vida.
Numa carta de 1922 à escritora sul-africana Sarah Gertrude Millin (1888-1968), Katherine Mansfield escreveu: “Acho que o único modo de vida para um escritor é recorrer à sua vida familiar real – descobrir nela o tesouro, assim como fez Olive Schreiner [famosa escritora sul-africana, 1855-1920]. Nossa vida secreta, a vida a que voltamos repetidas vezes, a vida do “você se lembra?” é sempre o passado. E o curioso é que se descrevemos isto que nos parece tão intensamente pessoal, outras pessoas dele se apropriam e o compreendem como se fosse delas.”
Outro destinatário frequente das cartas apresentadas é John Middleton Murry (1889-1957), o segundo marido de Katherine Mansfield. Foi em 1911 que ela conheceu John Middleton Murry numa das festas para celebrar a publicação de seu primeiro livro, In a German Pension, quando foi acertado o envio de um conto seu para a revista literária Rhythm, que ele então editava. Casaram-se em 1918, pouco depois de Katherine ser diagnosticada com tuberculose. Tendo perdurado até a morte de Katherine, o casamento foi tumultuado, e eram frequentes os períodos de separação, quando então se comunicavam por meio de cartas. Devido à doença, Katherine foi muitas vezes obrigada a passar longas temporadas em terras de clima mais ameno como a Itália e a Riviera Francesa, e o marido nem sempre a acompanhava nessas perambulações, o que propiciou mais ocasiões para a correspondência entre o casal. John Middleton Murry foi um escritor prolífico, produzindo vários livros e milhares de ensaios e resenhas sobre literatura, questões sociais, política e religião. Realizou-se, sobretudo, como crítico. O casal integrava a vida intelectual da Inglaterra à época. Embora não fizessem parte do famoso grupo de Bloomsbury, círculo intelectual e artístico informal que incluía Virginia Woolf, John Maynard Keynes, E. M. Forster e Lytton Strachey entre outros, os dois figuravam em seus encontros sociais e tinham relações de amizade com alguns de seus membros. Partilharam também um relacionamento intenso e conturbado com D. H. Lawrence e sua esposa, retratado no livro Women in Love desse escritor. Em suas cartas, Katherine muitas vezes acusou o marido de abandoná-la, suplicando por mais atenção e dedicação. Depois da morte de Katherine, ele se mostrou incansável em reunir e editar seus escritos inéditos, contos inacabados, esboços, diário e cartas. Uma figura controversa em sua vida pessoal e literária, a ele devemos a publicação de grande parte da obra dispersa de Katherine Mansfield.
A Honorável Dorothy Brett (1883-1977) era uma pintora britânica ligada ao grupo de Bloomsbury, ao qual foi apresentada por Lady Ottoline Morrell. Nascida numa aristocrática família britânica, Dorothy Brett mudou-se em 1924 para Taos, Novo México, a convite de D. H. Lawrence. Ali viveu como cidadã americana até sua morte em 1938. John Middleton Murry teve um relacionamento amoroso com ela enquanto Katherine Mansfield ainda vivia, e tal caso foi retomado brevemente pouco depois da morte da escritora.
Lady Ottoline Morrell (1873-1938) era uma aristocrata inglesa, uma dama da sociedade que atuava como mecenas nos círculos intelectuais e artísticos de Londres. Em 1902, ela se casou com Philip Morrell, MP (Membro do Parlamento), e o casal tinha em comum a paixão pela arte e um interesse pela política liberal. Seu casamento era aberto, e Lady Ottoline Morrell tornou-se famosa por seus muitos amantes, inclusive Bertrand Russell. Era uma anfitriã generosa para o grupo de Bloomsbury.
Richard Arthur Murry (1902-1984) era o irmão mais moço de John Middleton Murry. Arthur, mais tarde conhecido como Richard e pintor renomado, privou do convívio com Katherine Mansfield. Participou, por exemplo, da primeira edição do conto “Je ne parle pas français” pela Heron Press, editora sediada na casa de Murry/Mansfield a que davam o nome de The Elephant. Foi uma edição artesanal com um número limitado de exemplares, e Richard Murry acabou de compor os tipos para a impressão do texto em 9 de novembro de 1919. A primeira edição saiu no início de 1920, e mais tarde naquele ano o conto foi publicado, numa versão que apresenta cortes lamentados por Katherine Mansfield, em Bliss and Other Stories. Sobre Katherine Mansfield, Richard Murry declarou: “As minhas melhores lembranças são as ocasiões em que ela andava ao meu lado com o braço enlaçado no meu. Ela era petite e chamava a atenção de todos.” No início dos anos 80, ele disse que as garotas punk lhe lembravam Katherine, porque ela gostava de se vestir de modo chocante. Usava, por exemplo, meias compridas de cor vermelha ou laranja.
Sidney e Violet Schiff formavam um casal patrocinador das artes, sendo considerados mentores e amigos valiosos nos círculos intelectuais. Romancista e tradutor, Sidney Schiff (1868-1944) escrevia com o pseudônimo de Stephen Hudson. Violet Schiff (1874-1962) foi sua segunda esposa, e o casal passou a vida entre a Inglaterra e o sul da França, sempre cercado por amigos famosos no campo literário, musical e artístico. Ele era amigo de Marcel Proust, por exemplo, com quem mantinha correspondência, e em 18 de maio de 1922 foi anfitrião de uma célebre festa em Paris, repleta de convidados como Sergei Diaghilev, Igor Stravinsky, Pablo Picasso, e na qual Marcel Proust conheceu James Joyce. Foi por intermédio de Sidney Schiff que John Middleton Murry foi apresentado a James Joyce. Esse encontro ocorreu já no final da vida de Katherine Mansfield, e consta que Joyce teria dito que, do casal, quem melhor compreendeu seu famoso romance Ulysses, então recém-publicado, foi Katherine.
Ida Constance Baker (1888-1978) era uma sul-africana que Katherine Mansfield conheceu em Queen’s College, quando em 1903 ela e suas irmãs foram à Inglaterra com o intuito de complementar sua educação. A amizade então iniciada se prolongaria pela vida inteira, e Ida Baker foi constante na sua dedicação canina a Katherine, permanecendo ao seu lado sobretudo em tempos de crise. Katherine se referia a Ida Baker por meio de várias alcunhas como Madrinha, Aida, Jones, a Fiel, a Montanha, a Escrava, Albatroz, mas o principal apelido era Lesley Moore ou L. M., composto com o primeiro nome do irmão de Katherine e o nome de solteira da mãe de Ida. Nas temporadas compulsórias na Riviera italiana ou francesa, quando o marido não se fazia presente, era Ida quem acompanhava pacientemente a enferma. Quase inválida com o agravamento da doença, Katherine se via forçada a depender bastante da companheira, o que muitas vezes lhe causava uma irritação que podia até explodir em puro ódio. Foi um relacionamento difícil e ambíguo, mas os biógrafos apontam que teria sido apenas amizade. Katherine Mansfield tinha o que um dos estudiosos de sua vida chamou “ímpeto transgressivo”, o que a levou a tomar atitudes contra as convenções. Basta ver o primeiro casamento que foi desfeito mal tinha acabado a cerimônia, os seus vários casos amorosos antes e depois de seu segundo casamento com John Middleton Murry, e dois casos de relacionamento lésbico quando ainda morava na Nova Zelândia entre 1906 e 1908. O primeiro foi com uma moça mestiça (meio maori) chamada Maata Mahupuku, e o segundo com Edith Kathleen Bendall. Em seu diário, Katherine relata com exuberância essas duas relações. Se Ida Baker foi outra relação desse tipo, não se sabe porque as páginas do diário mantêm a esse respeito um tom ambíguo. Considero ser muito difícil conhecer a intimidade das pessoas ainda em vida, que dirá então quando elas já morreram. Parece-me importante, nesse caso, levar em conta a dedicação de Ida Baker, ela tinha aparentemente uma verdadeira fixação pela amiga, e o caráter ousado de Katherine que não recuava diante do que a vida poderia lhe oferecer em termos de sensações e experiências. Ida Baker talvez representasse um porto ameno no meio do vendaval dos vários casos amorosos de Katherine. Os estudiosos insistem em falar da discrepância intelectual entre as duas, pois Ida Baker parece ter sido quase simplória, mas nos seus anos em Queen’s College as duas teriam participado de concertos juntas, Katherine tocando violoncelo. Uma amizade de vida inteira e, como toda verdadeira amizade, sagrada.
SOBRE A CONJUNTURA DAS PÁGINAS DO DIÁRIO:
Eis um resumo magro do vaivém de sua existência curta e tumultuada.
Katherine Mansfield nasceu e passou a infância e a adolescência na Nova Zelândia no seio de uma família abastada e influente. Ali fez seus primeiros estudos e, com doze ou treze anos, começou a ter aulas de violoncelo. Suas recordações desse período na Nova Zelândia são a fonte a que muito recorreu para escrever seus contos. Por exemplo, o cenário de “At the bay” é a paisagem e o ambiente de Chesney Wold, Karori, onde a família morou de 1893 a 1898.
Em 1903, Katherine parte com as duas irmãs mais velhas, Vera e Charlotte, rumo à Inglaterra para estudar em Queen’s College. É ali que conhece a sul-africana Ida Baker e continua a tocar violoncelo. Em 1906, retorna à Nova Zelândia onde vive conturbada por não se sentir à vontade no ambiente convencional e de certo modo provinciano. É nesse período que mantém duas relações lésbicas, primeiro com Maata Mahupuku e depois com Edith Bendall, e que começa a se dedicar com mais seriedade à escrita deixando o violoncelo em segundo plano. Consegue publicar pela primeira vez três contos seus. Já em julho de 1908 retorna sozinha a Londres. Seu pai permite sua ida para que possa se desenvolver como escritora, concordando em lhe enviar anualmente a quantia de £100.
Chegando a Londres, Katherine ingressa num turbilhão de vida social e casos amorosos, que os seus vinte anos acompanham com grande excitação sem recuar diante do preço alto que muitas vezes lhes é cobrado. Quase de imediato começa um relacionamento amoroso com Garnet Trowell, irmão gêmeo de Arnold, o violoncelista por quem Katherine se apaixonara ainda na Nova Zelândia. Mais para o fim do ano passa a morar com a família Trowell, que se mudara para Londres a fim de acompanhar a carreira musical dos filhos. Fica grávida, e no fim do ano é forçada a deixar a casa dos Trowell, ao que parece, depois que a família descobre sua gravidez.
No início de 1909, Katherine se casa com George Bowden, seu professor de canto, que conhecera no final de 1908. O casamento é rompido já ao final da cerimônia, e Katherine torna a passar algum tempo com Garnet Trowell. Ao saber do casamento e da gravidez de Katherine, sua mãe chega da Nova Zelândia em maio de 1909 para lhe fazer companhia. Ela arrasta Katherine para a Alemanha, mas já em junho retorna à Nova Zelândia por desavenças com a filha. Katherine permanece na Alemanha e perde a criança, o que foi um grande golpe na sua vida. É então que começa a escrever os contos de In a German Pension. Entre novos casos amorosos, inclusive com o marido George Bowden, Katherine retorna à Inglaterra e passa o ano de 1910 às voltas com problemas de saúde. Contrai gonorreia, é operada por causa de uma peritonite, e mais tarde tem febre reumática. Ida Baker lhe presta ajuda e apoio nesse período de doenças e convalescença.
Em 1911, a coletânea de contos In a German Pension é publicada, e no final do ano Katherine conhece John Middleton Murry, que concorda em publicar um conto seu na revista Rhythm que então editava. No ano seguinte, ele visita Katherine, torna-se seu inquilino e mais tarde seu amante. Começa assim a vida em comum do casal, que foi bastante tumultuada.
O ano de 1912 é marcado por mudanças de residência, uma viagem a Paris, problemas com a edição da revista Rhythm, inclusive financeiros. Essas dificuldades continuam no ano seguinte, culminando com a bancarrota de John Middleton Murry no final de 1913, quando o casal visita novamente Paris. É no início de 1913 que Katherine conhece D. H. Lawrence e Frieda Weekley, née von Richthofen, a aristocrata alemã casada com Ernest Weekley que viria a se tornar esposa de D. H. Lawrence em 1914.
A Primeira Guerra Mundial irrompe em agosto de 1914. Katherine muda de residência várias vezes durante esse ano, e em outubro conhece Samuel Koteliansky, um judeu russo ligado ao grupo de Bloomsbury, que se torna seu amigo e com quem ela mais tarde trabalharia na tradução da correspondência e diário de Tchekhov.
No verão de 1915, Leslie Beauchamp visita a irmã na Inglaterra. E em outubro morre na guerra, quando uma granada explode na sua mão no momento em que tentava explicar o funcionamento do projétil a seus subordinados. A morte do irmão foi um acontecimento que marcou a vida e a escrita de Katherine. Ela passa os últimos meses do ano na França com John Middleton Murry, procurando se refazer do tremendo golpe.
Em abril de 1916, ela e John Middleton Murry retornam à Inglaterra e passam o mês em Cornwall com D. H. Lawrence e sua mulher, uma temporada tumultuada de muitos conflitos entre os casais. Em julho, Katherine é convidada para seu primeiro fim de semana na propriedade de Lady Ottoline Morrell em Garsington, e no ano seguinte, 1917, Katherine se torna amiga de Virginia Woolf. Como já acontecera em 1915, tem alguns contos publicados em revistas como New Age. No final de 1917, Katherine adoece gravemente, e os médicos lhe avisam que pode ser tuberculose.
O diagnóstico chega em janeiro de 1918, e Katherine é aconselhada a não passar o inverno em Londres. Parte sozinha para Bandol, França, onde mais tarde Ida Baker vai lhe fazer companhia. No final de abril, o divórcio de George Bowden é assinado, e Katherine se casa com John Middleton Murry já em maio. Como Katherine chegara muito debilitada da França, o marido insiste para que ela passe uns meses em Cornwall até ele providenciar uma residência adequada para o casal. “Prelude” é então publicado pela Hogarth Press de Leonard and Virginia Woolf. Em agosto, o casal Middleton Murry se muda para “The Elephant”, o apelido que dão à sua casa em Hampstead. É nessa casa que John Middleton Murry e seu irmão Richard Murry criam a editora The Heron Press, que mais tarde, no início de 1920, publica uma edição artesanal de “Je ne parle pas français”, conto em que Katherine alude ao caso amoroso que teve com o escritor francês Francis Carco durante a guerra. Sua condição física se agrava, mas Katherine passa o fim de 1918 na Inglaterra. Sua amizade com Virginia Woolf se estreita.
Em setembro de 1919, Katherine segue para San Remo e passa uma temporada em Ospedaletti com Ida Baker. Em dezembro, Katherine pede que o marido venha vê-la, o que ele primeiro recusa fazer por não querer deixar a Inglaterra. Essa sua atitude provoca uma grave crise no relacionamento do casal. Mais tarde ele reconsidera sua decisão e passa o final de dezembro com Katherine, mas já em janeiro de 1920 está de volta à Inglaterra, e Katherine parte com sua prima Connie Beauchamp para Menton.
Em 1920, Katherine conhece Sydney and Violet Schiff e retorna a Hampstead, onde passa quatro meses de clima mais ameno e retoma sua amizade com Virginia Woolf. Nesse ano, alguns contos de Katherine são publicados na revista Athenaeum, da qual seu marido era o editor. Em setembro, retorna a Menton e Villa Isola Bella com Ida Baker, e em dezembro sai a coletânea de contos Bliss and Other Stories pela editora Constable.
Em maio de 1921, Katherine deixa Menton com Ida e parte rumo à Suíça, onde aluga com o marido o Chalet des Sapins perto de Sierre. Sua prima Elizabeth Von Arnim mora na vizinhança e Ida Baker se hospeda na vila. De julho a dezembro, Katherine escreve ali muitos de seus contos mais importantes, mas sua saúde se deteriora cada vez mais.
Em fevereiro de 1922, Constable publica The Garden Party. Katherine passa a primeira metade do ano entre Sierre e Paris, onde faz sem sucesso um tratamento à base de radiação. Em agosto retorna por bem pouco tempo à Inglaterra, e em outubro está de volta com Ida Baker a Paris. Dali segue para Fontainebleau, onde ingressa no “Instituto para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem” de George Gurdjieff, um mestre espiritual armênio, à procura de uma remota cura, pois seu estado de saúde já é realmente precário. Ida Baker se emprega numa fazenda próxima para ficar perto de Katherine.
Em 9 de janeiro de 1923, John Middleton Murry chega ao Instituto atendendo a um chamado de Katherine, e à noite ela morre aos 34 anos de idade.